PHILADELPHIA EAGLES 24 x 19 NEW YORK GIANTS Na última rodada com jogo 5ª feira, logo último post desta série, os Eagles acabaram com as chances dos Giants em vencer a NFC EAST, numa partida marcada pelas interceptações. Vamos a 3 observações sobre cada time:  

PHILADELPHIA EAGLES

Aposta no Futuro

Com certeza 2016 foi um ano de preparação para o futuro em Philadelphia. Nada de errado nisto. Às vezes é necessário, ainda mais saindo de um regime tão pitoresco como o de Chip Kelly (ex HC). A peça chave para este futuro se chama Carson Wentz (QB), calouro pelo qual os Eagles apostaram sua sorte no draft passado. Ontem à noite foi um retrato deste 1º ano com o jovem QB à frente do ataque. Ótimos flashes de sua habilidade, escapabilidade, poder de improvisação e liderança. Porém novas decisões equivocadas com a bola e imprecisão nos passes, quando o adversário elimina as opções de rotas curtas. Wentz é ainda um (bom) projeto de Quarterback. Tomara que consigam desenvolvê-lo corretamente e cercá-lo de PLAYMAKERs ofensivos. Veja os Highlights de Wentz na partida: https://youtu.be/Wv8WxC9IUOM  

Pode 1 Homem fazer tal Diferença?

Depois de 10 semanas cumprindo suspensão por uso indevido de substâncias, os Eagles receberam de volta seu excelente Right Tackle Lane Johnson. Quando ele foi afastado, Philadelphia exibia o record de 3 Vitórias e 1 Derrota. Sem ele, 2 Vitórias e 8 derrotas. Pode-se fazer esse paralelo ou é coincidência? Um pouco dos dois. Nesse ínterim, os adversários solidificaram o plano de jogo contra o ataque montado por Doug Pederson (HC), concentrando jogadores nas áreas próximas a linha de Scrimmage com pelo menos 1 Safety bem afastado, atraindo tentativas longas descuidadas. Mas a presença de Johnson trás vários benefícios ao time. Na proteção ao QB, poucas equipes possuem 2 Offensive Tackles tão capazes de "segurar as pontas" como ele e Jason Peters (LT). Isso exige menos ajuda de Tight Ends, liberando-os em rotas e os homens do interior da linha poderem se concentrar no mais perigoso PASS RUSHER interno do adversário. No bloqueio ao jogo de corridas, o lado direito torna-se uma via interessante pela sua capacidade de mover-se no espaço, como vimos no TOUCHDOWN de Darren Sproles (RB).  

Estado da Defesa

No início do campeonato, a defesa dos Eagles era um dos assuntos mais discutidos. Pela boa performance, o nome do coordenador Jim Schwartz (ex HC dos Lions e coordenador dos Bills e Titans) tornou-se quente para reassumir o cargo de HEAD COACH em alguma das vagas que abrissem na OFFSEASON. De lá para cá, a defesa viveu altos e baixos (normal), até influenciada pela queda de rendimento no ataque. Fato é que a unidade possui nomes excelentes, que tiveram em destaque no jogo de ontem, como Malcolm Jenkins (S), protagonista de 2 interceptações e Brandon Graham (DE), que não adicionou sacks a suas estatísticas pessoais, mas anotou 4 hits em Eli Manning (QB - Giants). Possuem outros PLAYMAKERs experientes, e tem tudo para no que vem consolidarem-se entre as defesas mais sólidas da liga, com poucos ajustes, mesmo se seu atual coordenador não estiver no SIDELINE.    

NEW YORK GIANTS

Eli, Eli

As 3 interceptações de Eli Manning (QB) contribuiram diretamente para o placar final. Segundo stats do PFF, ele tentou 13 passes com a bola percorrendo 20 ou mais jardas pelo ar. Destes apenas 2 foram completos e 3 interceptados... Toda a culpa é sua? Claro que não. A proteção não anda sólida e não é de hoje e a ausência do jogo de corridas (mais sobre isso abaixo) atrapalha bastante. Cabe a Ben McAdoo (HC) moldar o plano ofensivo para estas circunstâncias, e Eli tomar boas decisões com a bola, afinal não é um novato como a contraparte de Philadelphia.  

Run, Forrest, Run!

Como tenho dito em vários de nossos programas (10 Jardas no Ar e DRIVE FINAL), a versão 2016 dos Giants não tem correr com a bola em seu DNA. Os bloqueadores não se movimentam bem no espaço, as formações (ou única formação) é leve, e os Running backs pouco incisivos. (Sim, o calouro Paul Perkins parece promissor). Ontem, Philadelphia convidou-os a correr, pois manteve os 2 Safeties bem no fundo quase o tempo todo. Ainda com esta facilidade, entregaram a bola a seus Running backs 25 vezes, contra 63 tentativas de passe (!!!). Pensando em  PLAYOFFs, este problema pode se agravar, pois os coordenadores adversários certamente posicionarão suas defesas de modo parecido, numa tentativa de evitar o maior perigo dos Giants, os BIG PLAYs de Odell Beckham Jr (WR). A única solução que visualizo é colocar ênfase em rotas curtas para os RBs, como se substituindo corridas.  

Estado da Defesa

Os Giants fizeram esse ano algo que há muito tempo não víamos na NFL. Focaram em onerosos reforços via FREE AGENCY, sendo o time que mais gastou na OFFSEASON. Isto por si só não é exclusividade deles, porém o investimento ter sido certeiro, gerando frutos é o fato novo! Recentemente todos os times que abriram a carteira de forma parecida, terminaram frustrados. Mas a adição de Olivier Vernon (DE), Damon Harrison (DT) e Janoris Jenkins (CB) transformou esta defesa de uma das piores da liga à TOP 5. A habilidade, foco e determinação desses 3 caras elevou a performance de outros defensores, talentosos, mas envoltos ao marasmo de anos anteriores. Ontem Jenkins foi poupado, mas Dominique Rodgers-Cromartie (CB), Trevin Wade (CB) e o calouro Eli Apple (CB) não deixaram a peteca cair na cobertura defensiva.   [/pms-restrict]