DE OLHO NA NFL #4

 

por Rodolpho Pinheiro

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Semana passada falei do grande início de Jimmy Garoppolo nos 49ers e ele repeliu minha zica com boa partida contra a forte defesa dos Jaguars. Já os Titans, repetiram os erros que aqui mencionei e adicionaram mais uma derrota à sua sequência negativa de jogos e deixaram para decidir seu futuro no duelo de divisão da última rodada.

Dessa vez vou abordar duas situações de técnicos que acho interessante observar para a próxima temporada, principalmente diante da expectativa que se tinha para esse ano e da decepção que acabou assolando as equipes dos Cowboys e dos Lions.

 

1 – Os problemas de 2017 dos Cowboys são culpa de Jason Garrett?

 

Os Cowboys, como sempre, entraram pra 2017 com grande expectativa para a temporada. Vieram da temporada de 2016 com 13-3 e a esperança nos jovens talentos Dak Prescott e Ezekiel Elliott.

A turbulência começou com a “novela” da suspensão de Zeke, que se alongou por boa parte do campeonato. Entretanto, os 6 jogos em que a estrela do jogo corrido ficou de fora serviram para expor as fragilidades da equipe, o que, novamente, vão recair sobre o treinador.

De cara, com a queda no jogo corrido, Dak Prescott piorou seus números, com considerável aumento no número de turnovers. Faltou alteração no plano de jogo por parte da comissão técnica. Seu grupo de recebedores se provou fraco e os já “experientes” Dez Bryant e Jason Witten mostraram que a idade já afeta o rendimento em campo.

Da mesma forma, sem seu principal jogador na linha ofensiva (Tyron Smith), essa forte unidade da equipe (antes considerada a melhor da NFL), também caiu de desempenho. A defesa, da mesma forma, quando não tinha o seu melhor jogador (Sean Lee), mostrava toda sua vulnerabilidade.

Embora sejam jogadores de alto nível e que nenhum elenco tem no banco de reservas esse mesmo talento para entrar em campo, ajustes poderiam ter sido feitos pela comissão técnica para diminuir os danos. E não faltaram precedentes nesse ano de 2017.

Os Vikings, além do QB titular, perderam sua estrela do jogo de corrida (o calouro Dalvin Cook) e mantiveram o nível. Os Saints sofreram o ano inteiro com lesões na linha ofensiva, e os reservas deram conta do recado, sem cair o nível do ataque. Os Seahawks, com o grande número de lesões na defesa, conseguiram ainda se manter na briga e venceram o forte time dos Eagles (ainda com Wentz) e o próprio time de Dallas na última rodada.

Restam muitas interrogações para 2018. Basta agora saber se vão colocar os problemas de 2017 na conta apenas de Jason Garrett.

 

2 – É o fim da era Jim Caldwell em Detroit?

 

Na sua quarta temporada no comando do time dos Lions, Caldwell não conseguiu levar o time para os playoffs. As chances da equipe acabaram após a derrota para os bagunçados Bengals na última rodada.

Com o time liderado por Matthew Stafford, quarterback mais bem pago da NFL, os Lions mais uma vez não conseguiram se importa na divisão Norte da NFC (o time de Detroit não é campeão de divisão desde 1993, na antiga NFC Central).

Porém, dessa vez, a pressão sobre os Lions parecia maior. Em um ano com Packers e Vikings perdendo seus QBs titulares por lesão e com os Bears em reconstrução, essa parecia ser a oportunidade certa para eles.

Mais uma vez o time decepcionou, e pelos mais variados motivos. Jogo corrido? Inexistente. Linha ofensiva? Muito vulnerável e sofrendo com lesões ao longo da temporada. Defesa? Alternou bons momentos com apagões. O resultado? Parecia que tudo ficava nas costas de Stafford para resolver no último período (de novo).

Em 2016 o QB dos Lions levou o time para os playoffs com 9 vitórias, sendo 8 por virada no último período. Ou seja, não era um problema novo. E essa questão mal resolvida atrapalhou a caminhada da equipe para esse ano. Mesmo com uma vitória a mais ou a menos e uma suposta classificação para a pós-temporada, esses problemas não poderiam passar em branco, e deveriam cair sim na conta da comissão técnica.

Devido ao alto salário, o time está comprometido com seu quarterback. Recentemente, a dona da franquia mexeu em todo o comando da equipe, mas manteve Caldwell como treinador. Basta saber se ela manterá sua decisão após mais um ano de insucesso da equipe de Detroit.

 

 

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