O 1º nível competitivo do futebol americano nos EUA está na HIGH SCHOOL, o equivalente ao 2º grau das escolas brasileiras.

De lá despontam os talentos que ganharão notoriedade no campeonato universitário, para então a nata da nata, chegar à NFL, e poder viver o sonho de trabalhar (com boa remuneração) em algo tão fascinante.

Suas partidas costumam acontecer às sextas-feiras à noite, horário que foge dos tradicionais jogos da NCAA (sábados) e NFL (domingos). Inclusive existe uma lei, impedindo a transmissão de jogos da NFL pela TV, caso aconteça numa sexta à noite.

Claro que o interesse de público nessa categoria do esporte não é o mesmo que nas demais, mas ele atrai sua parcela, e gera até filmes e séries de televisão com temas baseados nele. Exemplos:Remember the Titans e Friday Night Lights.

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Estrutura e Organização

Vale lembrar que a grande maioria da população americana frequenta escolas públicas, que também são as mais fortes nos esportes. Cada aluno precisa ter residência na área de influência de sua escola.

As maiores escolas mantêm 2 times, o principal (também chamado de VARSITY), normalmente com os alunos mais velhos e os novatos excepcionais, e o preparatório (JUNIOR VARSITY). Marcando confrontos entre os times preparatórios como preliminares do jogo principal.

Algo que me impressiona é a qualidade dos estádios, que se multiplicam pelas cidades, todos com excelente sistemas de iluminação, possibilitando esses jogos de sexta à noite.

Todos os campeonatos são estaduais, ninguém recebe o título de campeão nacional das HIGH SCHOOLs.

Existem comitês estaduais que organizam essas competições, e dividem as escolas por força e regiões. Algumas cidades optam por não participarem desses torneios, e montam seus próprios campeonatos. Por exemplo: New York, Los Angeles e Pittsburgh.

Pela quantidade enorme de escolas, quase todos os campeonatos incluem Playoffs para decidir seus campeões.

Vamos usar o estado da Florida, um dos mais ricos em times e jogadores talentosos do país, como exemplo. Eles dividem as escolas em 8 classes (força), e dento delas por distritos regionais.

A relação de força da classe é decrescente (8 mais forte):

Class 8A – 76 escolas (16 distritos) – Campeão 2011: Plant (Tampa)

Class 7A – 82 escolas (16 distritos) – Campeão 2011: Manatee (Brandenton)

Class 6A – 93 escolas (16 distritos) – Campeão 2011: Armwood (Seffner)

Class 5A – 87 escolas (16 distritos) – Campeão 2011: Norland (Miami)

Class 4A – 36 escolas (8 distritos) – Campeão 2011: Bolles (Jacksonville)

Class 3A – 33 escolas (8 distritos) – Campeão 2011: American Heritage (Plantation)

Class 2A – 77 escolas (8 distritos) – Campeão 2011: N. Florida Christian (Tallahassee)

Class 1A – 36 escolas (16 distritos) – Campeão 2011: Jefferson County (Monticello)

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Religião no Texas

De todos os estados americanos, o mais fanático por HIGH SCHOOL FOOTBALL é o Texas, onde uma pesquisa apontou ser o esporte (nessa categoria) mais popular entre seus cidadãos.

Normalmente os jogos não passam na TV, somente as finais regionais, para estimular a ida das pessoas aos estádios. E funciona, a média de público pode chegar a 35.000 em certas regiões do estado.

Uma delas de 2011, entre as escolas Aledo e Manvel , realizada no Cowboys Stadium, atraiu 43.369 pessoas.

Veja os highlights da campanha de Aledo em 2011:

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Flexbone

As táticas ofensivas sofrem com algumas limitações dos jogadores, obrigando os HEAD COACHES a ajustar os PLAYBOOKs de acordo.

O jogo aéreo é o mais comprometido, falta força à maioria dos Quarterbacks para executar certas jogadas. Já no jogo de corridas, o bloqueio pelo meio não costuma ter a mesma eficiência, então o maior perigo estão pelos avanços por fora da linha ofensiva, tipo OFF-TACKLE, SWEEPs e LEAD BLOCKs.

Para combater, as defesas alinham constantemente na formação MONSTER: 5 na linha defensiva, 3Linebackers e 1 Safety.

A formação ofensiva abaixo se chama FLEXBONE, bastante utilizada (SB = SLOTBACK, um misto deTight End com Fullback):

Dela pode sair diversas jogadas diferentes, ainda mais se colocar algum jogador em movimentação pré-SNAP.

Abaixo estão 2 exemplos, 1 de corrida e outro aéreo a partir do FLEXBONE.

As escolas mais fortes, com jogadores atléticos o suficiente, já estão em outro patamar, usando o conceito de SPREAD tão difundido no campeonato universitário, onde a OPTION é a principal jogada.

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Recrutamento Universitário

O Patrick Santiago já falou sobre o recrutamento dos talentos pelas universidades, num post doBoletim NCAA.

Mas vale alguns comentários.

Existem 2 processos distintos, um com os jogadores de grande visibilidade nacional, seja por seus jogos acontecerem em regiões tradicionalmente fortes, que acabam televisionados, ou que por terem uma capacidade atlética muito acima da média, despertaram o interesse das empresas de Scouts, responsáveis por avaliar esses talentos.

Uma das vitrines são os All Star Games como o Army All-American Bowl, juntando esses melhores ranqueados numa partida com cobertura da rede de TV NBC.

Mas a grande gama de jogadores que recebem os convites para bolsas nas universidades, vêm do recrutamento local, onde os HEAD COACHESdas Universidades formam uma rede de relacionamento com seus colegas das HIGH SCHOOLs, e recebem as sugestões deles de quem tem potencial para saltar de nível. E aí futuros astros da NFL surgem.

As universidades não podem confiar apenas nesses scouts privados, pois a avaliação de talento nessa etapa do esporte é muito complicada, e sujeita a falhas. Pessoas têm diferentes timmings de amadurecimento físico e mental.

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