Entendendo a Franchise Tag

Nesta última segunda (02) foi o último dia em que as equipes poderiam aplicar a Franchise Tag em seus jogadores que viraram free agents nesta off season. Das 32 equipes somente 6 optaram por usá-la: Kansas City Chiefs (Justin Houston - LB), Denver Broncos (Demaryius Thomas - WR), Dallas Cowboys (Dez Bryant - WR), New York Giants (Jason Pierre-Paul - DE), New England Patriots (Stephen Gostkowski - K), Miami Dolphins (Charles Clay - TE). Toda vez que um jogador termina o seu contrato com sua equipe ele passa a ser um Free Agent, ou seja, está liberado para negociar um novo contrato com a mesma ou outras equipes. Mas sua atual equipe pode mantê-lo por mais um ano aplicando a tal da Franchise Tag. Para o jogador pode ser considerado algo ruim, pois ele perde o direito de mudar de equipe e negociar algo melhor. Para isso ser minimizado, a tag possui uma regra que força a equipe a pagar o salário de um top 5 na liga, para ser mais específico, a média dos 5 melhores salários da posição na última temporada. Cada equipe pode aplicar a tag em apenas 1 jogador por temporada. Em 2015 os salários para Franchise Tag são: QB: $18.5milhões DE: $14.8 milhões LB: $13.2 milhões CB: $13.1 milhões OL: $12.9 milhões WR: $12.8 milhões DT: $11.2 milhões RB: $10.9 milhões S: $9.6 milhões TE: $8.3 milhões K/P: $4.1 milhões Franchise Tag exclusivas e não exclusivas: É claro que não seria tão simples assim, e existem 2 tipos de tag, as exclusivas e não exclusivas. Exclusivas: Um Franchise Tag exclusivo dá ao time direitos totais de negociação sobre o jogador, o que significa que ele é incapaz de negociar um contrato com qualquer outra equipe, mas faz com que a equipe pague ao jogador o salário médio dos 5 melhores salários (como explicado) para essa posição ou 120% do salário do jogador no ano anterior, o que for maior. Não Exclusivas: A não exclusiva, dá o direito do jogador negociar com outras equipes, mas seu clube atual tem a opção de igualar qualquer contrato que ele consiga ou não querendo manter o jogador, de receber 2 escolhas de primeiro round no draft. Caso Darrelle Revis

O CB dos Patriots é um caso a parte, ele não pode ser escolhido para a tag por questões contratuais. O jogador colocou isso em contrato (não é a primeira vez) e somente pode negociar uma reestruturação de seu salário ou negociar com outras equipes. Não é somente as equipes que são "espertas" os jogadores também podem conseguir maneiras de driblar a NFL! Caso Jimmy Graham

No ano passado, o TE que havia se tornado Free Agent, recebeu a informação dos Saints que seria o escolhido para a tag. Graham então fez o pedido oficialmente ao clube e a NFL para que fosse considerado um wide receiver, pois alegava ter alinhado em 67% das vezes como um WR e não TE. Isso daria ao jogador cerca de $5 milhões a mais na média salarial comparada a média dos TEs. Por outro lado o New Orleans Saints diziam que o jogador foi draftado como um TE e inclusive jogou o Pro Bowl na mesma posição. O caso foi interessante de se acompanhar pois os dois lados tinham razão e após a NFL interver dizendo que a tag seria de tight end, o jogador e a equipe chegaram em um acordo fazendo um contrato de 4 anos e não usando mais a tag. Lembrando que um jogador com a tag pode negociar com sua equipe um contrato regular para mais de 1 ano e sair da condição de tag nos próximos meses. Obrigado e nunca se esqueçam, All we need is R.O.I! 



Felipe Von Zuben é publicitário e atua como gerente de marketing de mais de 10 franquias de turismo no interior de São Paulo. Estagiou em marketing esportivo no Canadá atuando com franquias como Buffalo Bills (NFL), Phoenix Suns (NBA), Toronto Blue Jays (MLB), entre outras.

Comentar

Veja também: