DE OLHO NA NFL #21

 

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

 

Nessa sexta semana de NFL, vimos quarterbacks levando seus times para vitórias nos segundos finais, defesas sendo expostas e muita emoção.

Vamos iniciar também uma sequência de análise de divisão por divisão, começando com a atualmente conturbada AFC South.

 

 

1 – O duelo: Patrick Mahomes x Tom Brady

 

Como antecipamos na coluna da semana passada, a disputa entre Chiefs e Patriots era uma das partidas mais aguardadas da rodada, principalmente pelo confronto entre dois quarterbacks que estão atuando em excelente nível esse ano.

 

No fim das contas, nenhum deles no decepcionou. Mahomes, embora com um começo difícil, em que errou alvos livres e acabou sofrendo duas interceptações, teve um segundo tempo impecável após se adaptar melhor às diferentes facetas defensivas que Bill Belichick havia preparado para o confronto.

 

O “quase calouro” QB dos Chiefs foi capaz de encostar no placar jogando em Foxborough após grande déficit no placar no intervalo. Deixou claro que seu desempenho nas primeiras rodadas era para valer e que os Chiefs devem se manter entre as melhores equipes da AFC. É assustador pensar que está apenas no início de sua primeira temporada como titular e que ainda pode melhorar muito.

 

Por outro lado, Tom Brady foi, mais uma vez, cirúrgico. O ataque que no início do campeonato era preocupação, voltou à normalidade, figurando entre os melhores da liga. A tranquilidade de Brady para conduzir uma campanha no final de jogo é surreal.

 

Como se não bastasse, os Patriots encontraram também equilíbrio com o jogo corrido. O calouro Sony Michel está jogando muito bem, abusando dos ótimos espaços criados pela linha ofensiva e aproveitando que Gronk (TE) e Edelman (WR) são excelentes bloqueadores.

 

De toda forma, os Chiefs devem encarar essa derrota de cabeça erguida, principalmente Mahomes. Encararam os Patriots de igual para igual e o maior problema foi a defesa. Pode ser que o retorno de Eric Berry (S) e Justin Houston (OLB) faça diferença num possível reencontro nos playoffs, que acredito que todos estariam ansiosos para presenciar.

 

 

2 - De olho na AFC South

 

Tennessee Titans (3-3): Cadê aquela linha ofensiva que figurava como o melhor setor da equipe, ajudando na proteção e no jogo corrido? Sem nenhuma ajuda de Derrick Henry e Dion Lewis, o jogo está ficando praticamente apenas nas mãos – e nas pernas – de Mariota. Com exceção da partida contra os Eagles, o QB está jogando muito abaixo do que era esperado. Principalmente nesse ano decisivo quanto à questão contratual, esperava-se que estivesse mais desenvolvido. A defesa está dando alguns bons sinais, mas será necessário um salto de rendimento ofensivo para que tenham alguma chance no campeonato.

 

Houston Texans (3-3): Após a segunda semana, apostei nos Texans como time que poderia superar o início de 0-2. Porém, a coisa foi pior: saíram de 0-3 e, após 3 vitórias “malucas”, estão empatados na liderança da divisão. Os problemas da equipe continuam sendo a total ineficiência da linha ofensiva. Deshaun Watson é o QB que mais apanhou nesse campeonato e sua situação médica é preocupante, principalmente pelo histórico de lesão. Destaque positivo para o excelente desempenho dos recebedores, principalmente DeAndre Hopkins.

 

Jacksonville Jaguars (3-3): Entraram no campeonato como um dos favoritos, mas até aqui decepcionaram. A lesão de Fournette (RB) foi crítica, pois o ataque é baseado no jogo corrido forte para tirar a pressão de Blake Bortles (QB). A principalmente contratação da equipe para esse ano – Andrew Norwell (G) – foi pensando nesse aspecto. De quebra, a defesa, que parecia seguir como a força da equipe, teve seu pior desempenho contra o duvidoso ataque dos Cowboys na semana passada. Precisam subir o rendimento se quiserem “carregar” Bortles e companhia.

 

Indianapolis Colts (1-5): Se fosse para escolher um MVP do campeonato entre os piores times, certamente meu voto seria para Andrew Luck. Vê-lo de volta à NFL é maravilhoso. Baita craque que, infelizmente, não está cercado de jogadores do mesmo calibre. Obviamente é um ano de reconstrução para os Colts e, pelo menos, estão conseguindo mostrar bom desenvolvimento de alguns talentos defensivos. O número de lesões atrapalhou demais a equipe que, numa divisão conturbada, poderia até estar brigando pela liderança se não tivessem tido tanto azar nesse início de campeonato.

 

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