DE OLHO NA NFL #13

 

Essa coluna tem como objetivo disseminar a discussão sobre assuntos relevantes da semana e do campeonato em si.

Nessa semana de Free Agency, a agitação começou antes mesmo da abertura do mercado. Como não poderia falar de todas as transações sem ficar desatualizado, o foco por enquanto será no time Cleveland Browns e em suas movimentações.

 

 

Os Browns terão a chance de finalmente competir enquanto constroem pensando em um futuro melhor?

 

Antes do início oficial da Free Agency, os Browns se movimentaram e mexeram com a NFL. As principais mudanças foram as adições do Wide Receiver Jarvis Landry e do Quarterback Tyrod Taylor, que vieram em trocas por escolhas de draft, o que o time ainda tem de sobra.

Mas não pararam por aí: mandaram o QB calouro de 2017 DeShone Kizer para Green Bay em troca do Cornerback Damarious Randall e trocaram sua ex-escolha de 1º round Danny Shelton (DT) com os Patriots por uma escolha de 3º round de 2019.

Outra possível movimentação de mercado pode envolver um substituto para o Left Tackle Joe Thomas, uma vez que alguns rumores dão como incerto seu retorno para a próxima temporada (aposentadoria) e que os Browns já buscam um nome para seu lugar.

A troca por Tyrod Taylor (QB) é mais uma tentativa de solidificar a posição, trazendo um jogador mais experiente para que tenham tempo de desenvolver o calouro que provavelmente devem escolher no draft (os Browns escolhem nas posições 1 e 4). Não sei se podem confiar em Taylor como titular absoluto a longo prazo, mas acredito que nem os Browns vejam nele esse jogador.

Sua passagem por Buffalo sempre foi conturbada, chegando a ser barrado no ano passado em uma partida, e fechando com uma atuação horrível no jogo de playoffs contra os Jaguars. A principal crítica que vinham dos bastidores era a insatisfação dos técnicos por sua rápida “desistência” da jogada, de modo que, ao invés de ter paciência para executar o que lhe foi pedido, tentava logo correr com a bola para resolver com as pernas ou partia para a alternativa de passe curto.

Característica de Taylor que sempre foi muito criticada é seu conservadorismo, mas que pode ser fator positivo nos Browns, uma vez que isso resulta em baixíssimo número de interceptações, estatística que assombrou todos os QBs que recentemente passaram por Cleveland.

Entretanto, Taylor tem a seu favor o argumento de que nos Bills nunca teve bom grupo de recebedores, o que ficou evidente na temporada passada, em que seu único alvo confiável era Charles Clay (TE).

Dessa vez terá ao seu lado o talentoso Josh Gordon e o recém-chegado Jarvis Landry, além do TE David Njoku, que teve bom ano de calouro. Novas adições podem ainda ser feitas.

Agora solucionada – pelo menos a curto prazo – a questão de Quarterback, a dúvida se direciona para a 1ª e para a 4ª escolha do draft, em posse da equipe. Irão selecionar outro QB, dessa vez pensando em desenvolvê-lo para o futuro, ou irão atrás do talento singular do RB Saquon Barkley?

Os Browns tiveram a chance de escolher, nos drafts passados, quarterbacks como Carson Wentz e Deshaun Watson. Entretanto, sem a estrutura certa para desenvolvê-los, não se pode afirmar que teriam o mesmo sucesso jogando em Cleveland.

Isso foi provado com DeShone Kizer em 2017. Chegou a ser espantosa a maneira como Hue Jackson e companhia lidaram com o quarterback calouro, diversas vezes jogando sobre ele a responsabilidade pelas derrotas e mandando-o para o banco de reservas após alguns erros nas partidas, sempre mantendo a dúvida de quem seria o titular na semana seguinte.

Se Tyrod Taylor se mantiver em nível satisfatório para liderar a equipe em algumas vitórias, teriam tempo para desenvolver o calouro escolhido sem a pressão de colocá-lo como titular imediatamente antes de estar pronto.

Embora tenha certeza que os Browns precisam escolher um QB nesse draft, não escolher Saquon Barkley seria quase um crime. Pensar que ele estará disponível na posição 4 talvez seja ganancioso demais. Giants (2º) e Colts (3º) também precisam de RB e podem não perder essa oportunidade.

Montar um ataque baseado no jogo corrido de Barkley e com a ameaça também terrestre de Taylor pode dar aos Browns um bom nível de competitividade. Por outro lado, gastando a primeira escolha no Running Back, terão que escolher na 4ª posição o QB que sobrar e que talvez não seja aquele que eles mais gostam.

Ainda são inúmeras dúvidas a respeito do futuro da franquia que há anos se posiciona entre as piores da liga, mas pelo menos há esperança de um futuro melhor, até porque qualquer coisa diferente de 0-16 é lucro.

O que esperam da temporada dos Browns? O caminho para um futuro de sucesso está sendo finalmente traçado?

Comentem! Opinem! Discordem! Reclamem! A ideia é realmente bater um papo saudável com o máximo possível de pessoas sobre os temas aqui abordados.

 

 

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