Avaliação do Draft 2016 – Quarterbacks

Como de hábito, vou começar a avaliação do Draft destacando o que aconteceu com os Quarterbacks, porque muitas vezes é o desenrolar dessa posição define o destino dos times. Esse ano tivemos 4 QBs draftados nos 3 primeiros rounds (contra 4 do ano passado). Suas carreiras serão sempre comparadas. Vamos a eles:   Jared Goff – 1ª escolha geral – Los Angeles Rams O segredo mais mal guardado de todos os tempos! Goff é o nome que os Rams identificaram para ser a face da organização neste reinício californiano. Possui talento, mas como todo Quarterback calouro precisará de refinamento técnico. Na universidade alinhava basicamente no SHOTGUN. Na NFL fará o SNAP atrás do Center para não desperdiçar a maior força ofensiva dos Rams: o jogo de corridas com Todd Gurley (RB). Aos poucos poderá trabalhar a outra deficiência: precisão nos passes longos.

  Carson Wentz – 2ª escolha do 1º round – Philadelphia Eagles Vindo de uma divisão inferior do campeonato universitário, Wentz encantou os scouts pelos atributos físicos. Precisará se acostumar com a velocidade superior dos defensores profissionais, mas aparentemente possuiu bom entendimento do jogo. Deve iniciar a carreira apenas aprendendo ao assistir os outros Quarterbacks dos Eagles Sam Bradford (???) e Chase Daniels.

 

 

  Paxton Lynch – 26ª escolha do 1º round – Denver Broncos Para no futuro assumir a posição de titular, os Broncos negociaram para selecionar meu Quarterback predileto desse Draft. Ainda sem o refinamento técnico necessário para ser eficiente na NFL, ele precisará trabalhar muito para entrar em campo ainda em 2016. O esquema ofensivo aplicado por Gary Kubiak (HC) é bem diferente do que Lynch está acostumado, mas não é complicado. Nada me surpreenderia... Tranquilidade, mobilidade e braço forte são seus principais atributos.

  Christian Hackenberg – 2º round – New York Jets Lá vão os Jets com mais uma escolha alta de Quarterback? Será que desta vez acertaram? Hackenberg é um QB de braço forte mas pouca visão de jogo. Se bem desenvolvido resolverá os problemas que afligem o ataque de NY há tantos anos. Mas o ponto de interrogação é tão forte quanto seu braço. Uma das coisas que me intrigam é como ele receberá as naturais críticas na mídia novaiorquina quando jogar mal. Suas entrevistas nesse processo pré-draft sempre pareceram desviar a culpa para outros...

  Jacoby Brissett – 3º round – New England Patriots Por falar em Quarterbacks erráticos mas com bom braço. Entra Brissett nos Patriots. Sua mobilidade é um componente novo para o ataque dos Patriots. Ele possui estilo bem diferente do que Bill Bellichick (HC) selecionava no passado. Mas se considerarmos que estas escolhas anteriores não exatamente deram frutos, quem sabe?

  Cody Kessler – 3º round – Cleveland Browns Kessler entrou na temporada 2015 como um nome forte para se tornar QB NFL. Por vários motivos caiu no conceito dos scouts. Segundo Hue Jackson (HC), que conhece bem as universidades do PAC-12, ele terá uma chance real de ganhar a posição. Veremos.

  Entre os rounds 4 e 7 saíram outros 9 Quarterbacks, totalizando um número bem mais alto para esta posição do que em 2015. Vários deles terão a oportunidade no decorrer da carreira de demonstrar seu talento. Foram eles:

  • Connor Cook – 4º round – Oakland Raiders
  • Dak Prescott – 4º round – Dallas Cowboys
  • Cardale Jones – 4º round – Buffalo Bills
  • Kevin Hogan - 5º round - Kansas City Chiefs
  • Brandon Allen - 6º round - Jacksonville Jaguars
  • Jake Ruddock - 6º round - Detroit Lions
  • Nate Sudfeld - 6º round - Washington Redskins
  • Jeff Driskell - 6º round - San Francisco 49ers
  • Brandon Doughty - 7º round - Miami Dolphins

Destes, o nome mais comentado era Cook, que foi escolhido por um time com um jovem Quarterback a quem depositam muita fé (Derek Carr - Raiders). Precisará de muita paciência e perseverança para estar pronto no momento que for chamado. Tanto Prescott como Jones terão oportunidades em breve. Se saberão aproveitá-las é outra coisa. O errático Driskell pode acabar sendo o primeiro deles a entrar em campo.

  Entre os jogadores não escolhidos 2 entram em situações interessantes. Vernon Adams tem características parecidas com Russell Wilson, de quem pode se tornar colega em Seattle. Jake Cocker terá no Arizona a chance de se desenvolver sobre a tutela de 2 veteranos treinadores com vasto currículo nisso: Bruce Arians (HC) e Tom Moore (assistente senior). Como sempre digo, ninguém sabe o que vai acontecer com esses jogadores, só o tempo nos dirá quais times tiveram a clarividência de optar pelo jogador certo, e a competência de desenvolvê-los corretamente. Para mais informações sobre os Quarterbacks desse ano, ouça nosso PODCAST sobre eles.    

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