Alvos do Draft 2017 – WR

 

Será que o grupo de WRs deste DRAFT pode se assemelhar em impacto ao de 2014, apesar de aparentar estar abaixo.

Quando se analisa os vídeos dos jogadores, devemos focar em aspectos como habilidade em receber a bola usando apenas as mãos, capacidade de ganhar jardas extras após o passe recebido, e principalmente, o quão freqüente o WR se desvincula da marcação. Aí entra a combinação de tamanho / velocidade.

Velocidade linear é um dos aspectos medidos no COMBINE, que podem influenciar o round que determinado WR é selecionado. Os jogadores que são vistos como opção para rotas externas acabam sendo mais valorizados.

Essa é uma das posições em que ocorrem o maior índice de erros de avaliação no Draft, pois a transição para a NFL vai além dos aspectos físicos e técnicos.

O número de Wide Receivers escolhidos no primeiro round que já foi muito irregular, tem se estabilizado numa quantidade alta (4 a 5) de jogadores selecionados no 1º round. Por exemplo, no Draft de 2015 foram 6 jogadores, em contrapartida tivemos apenas 2 em 2010.

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TOP 6

1) Mike Williams (Clemson)

Numa primeira impressão Williams pode parecer um recebedor que tinha sucesso no campeonato universitário apenas por saber usar seu tamanho contra marcadores de pelo menos 1 palmo a menos de altura.

Olhando melhor, ele é capaz de várias outras coisas, como receber passes em progressão pelo meio, ganhar jardas extras com a bola dominada e ser eficiente em SCREENs. Tem excelente uso das mãos para completar o passe.

Claro que as recepções pelo alto, algumas acrobáticas, será seu melhor atributo também na NFL. Não possui uma velocidade linear grande para as rotas mais longas e precisa ser mais físico nos releases para ganhar o posicionamento inicial na rota.

Veja os seus Highlights:

 

 

2) Zay Jones (East Carolina)

Quase tudo que você quer num Wide Receiver, você encontra em Zay Jones.

Tamanho perfeito, técnica apurada, habilidade em SCREENS, atleticismo e vontade na busca das bolas difíceis. O que ele não tem é a velocidade linear para as rotas mais longas.

Na NFL, precisará usar melhor sua fisicalidade para se livrar dos marcadores no release e trabalhar os bloqueios para o jogo de corridas.

Veja os seus Highlights:

 

 

3) Carlos Henderson (Louisiana Tech)

Talvez meu jogador favorito desse DRAFT!

Henderson é capaz de fazer tudo pelo seu time. Receber passes difíceis, correr qualquer tipo de rota e em especial, fazer chover com a bola nas mãos após o passe recebido.

A cereja no bolo é sua capacidade de retornar chutes em special teams.

Veja os seus Highlights:

 

 

4) Corey Davis (Western Michigan)

Um dos nomes quentes desde o início desse processo, não me encanta tanto quanto gostaria.

Começando pelas qualidades, tem bom tamanho, técnica e corre boas rotas, especialmente contra marcação por zona.

Porém tem uma dificuldade enorme de conseguir separação se marcado homem-a-homem. A não ser quando leva vantagem de altura contra o Cornerback que o defende, não o vejo levando vantagem na NFL. Poderá acabar como uma boa opção no SLOT, pois dessa forma criaria MISMATCHES na cobertura, em movimentação pré-SNAP.

Veja os seus Highlights:

 

 

5) Cooper Kupp (Eastern Washington)

Em essência, Kupp foi um recebedor de SLOT em seu time universitário. Porém não acho que por limitação própria, mas do Quarterback que lançava-lhe bolas. Sem conseguir alcançar os WRs externos, a melhor forma de envolvê-lo no jogo era centralizando suas rotas.

Mostrou-se um jogador técnico, de boa visão de espaço e capacidade de avançar com a bola em mãos.

Veja os seus Highlights:

 

 

6) Chris Godwin (Penn St)

Tinha várias alternativas para colocar nesta posição do Ranking. Acabei optando por um recebedor que tende a nos enganar. Quando achava que ele estava bem marcado, acabava com a bola nas mãos. Quando achava que seria derrubado, quebrava o tackle. Quando achava que apenas trotaria pelo campo, corria uma rota longa.

Não sei se conseguirá se tornar um jogador especial na NFL, mas tem os atributos. Diga-se de passagem, seus testes no COMBINE mostraram-no como um WR mais atlético do que imaginava.

Veja os seus Highlights:

 

 

O Coringa

John Ross (Washington)

Velocidade não é problema! Ross quebrou o recorde da corrida de 40 Jardas no COMBINE com 4.22 segs.

No entanto nem sempre conseguimos ver essa velocidade transformada em produção em campo. Talvez pela dificuldade de receber os passes com seu corpo menor do que o desejado. Talvez pela ineficiência de seu Quarterback na universidade que jogava.

Um benefício indireto de tamanha velocidade são as faltas de holding e interferência nos passes, pelos assustados marcadores.

O histórico médico de Ross é algo que pode afugentar os times (ao menos no 1º round).

Veja os seus Highlights:

 

 

Curtis Samuel (Ohio St)

Wide receiver ou Running back? Minha percepção por estar em todas as listas como WR é que os scouts não acreditam em sua capacidade de correr com a bola consistentemente na NFL, nem em sua contribuição no bloqueio aos Quarterbacks.

Como recebedor, as alternativas de rotas que sabe explorar ainda são bastante limitadas.

Mas sua versatilidade e velocidade são itens em demanda na NFL. Um bom coordenador ofensivo encontraria SNAPs para alguém da habilidade de Samuel. Não querendo comparar, pois o outro era mais talentoso, seria um papel parecido com o de Percy Harvin (ex Vikings e Seahawks).

Veja os seus Highlights:

 

 

Evitaria Escolher

JuJu Smith-Schuster (USC)

Se pudéssemos colocar todos os candidatos a WR deste DRAFT perfilados para escolher um, grande chance desse cara ser JuJu. Tem o biotipo perfeito para a posição.

Dito isso, seria mais confortável para o GENERAL MANAGER que o draftar se tivesse produzido uma carreira mais consistente no campeonato universitário. Deveria ter maior fisicalidade para alguém de seu tamanho.

Costumo implicar com RBs vindo de Wisconsin. Nada mais justo do que dizer o mesmo dos WRs de USC, que sempre parecem melhores do que a vida na NFL se mostra.

Personalidade pode ser outro problema. Parece ser mais um daquelas estrelas desta posição, que se não recebe o número de TARGETs desejado, faz beicinho...

Veja os seus Highlights:

 

 

Isaiah Ford (Virginia tech)

Não é um jogador desprovido de qualidades. Tem bom tamanho, corre boas rotas e é mais rápido em campo do que seu baixo número no COMBINE indicaria.

Porém esta velocidade talvez não seja suficiente para compensar a falta de fisicalidade, tanto no release como em buscar a bola nas situações difíceis, ou quando a tem nas mãos e é facilmente derrubado.

Veja os seus Highlights:

 

 

Merece Atenção

Josh Malone (Tennessee)

Confesso que se não fosse o 3º melhor tempo na corrida de 40 jardas do COMBINE, talvez nem tivesse parado para observar este jogador. Outro de excelente tamanho do grupo de Wide receivers 2017.

Sua produção na universidade ficou comprometida pela inconsistência do Quarterbacks, que às vezes nem olhava para a rota de Malone, apesar da evidente separação que consegue de seu marcador.

Quando a bola enfim chegava em suas mãos, dava para ver tanto a habilidade como o bom uso do corpo.

Veja os seus Highlights:

 

 

Damore’ea Stringfellow (Ole Miss)

Existem problemas extra-campo, a ponto da NFL não o ter convidado para o COMBINE. Porém o talento é evidente.

Se não possui tanta velocidade linear, o recebedor cabeça-quente alia tamanho, fisicalidade e bom instinto para encontrar espaços vazios no campo.

Veja os seus Highlights:

 

 

Alternativas

ArDarius Stewart (Alabama) – Contusões atrapalharam seu desenvolvimento (e podem ter tirado um pouco de explosão física). Mas sobra talento.

Dede Westbrook (Oklahoma) – Apesar de demorar para ganhar aceleração, é um bom alvo para rotas longas. Precisa de mais massa muscular.

Shelton Gibson (West Virginia) – Arisco, a velocidade linear (menor do que se esperava) mostrada no COMBINE não condiz com seu impacto em campo.

Chad Hansen (California) – Inúmeras qualidades, mas talvez lhe falte a agilidade suficiente para ganhar separação dos defensores.

KD Cannon (Baylor) – Será que enfim um velocista de Baylor vingará na NFL?

Josh Reynolds (Texas A&M) – Inconsistente. Talvez o problema se resolva com um melhor Quarterback lançando-lhe, aliado a mais massa muscular.

 

Tiro no Escuro

Malachi Dupree (LSU)

Em que round valeria arriscar a escolha dessa ex estrela do campeonato de HIGH SCHOOL?

Disputado a tapa no recrutamento universitário, nunca conseguiu brilhar em LSU. Talvez pela inconsistência dos Quarterbacks, talvez pelo estilo de jogo ancorado pelas corrias, talvez pelas próprias deficiências.

Pode interessar a algum time pelo porte físico e moderado atleticismo.

Veja os seus Highlights:

 

 

Outras Opções

Noah Brown (Ohio St), Amara Darboh (Michigan), Artavis Scott (Clemson), Taywan Taylor (Western Kentucky), Travis Rudolph (Florida St), Michael Rector (Stanford), Stacy Coley (Miami), Fred Ross (Mississippi St), Ryan Switzer (North Carolina), Amba Etta-Tawo (Syracuse), Kenny Golladay (No Illinois), James Quick (Louisville), Ricky Seals-Jones (Texas A&M), Quincy Adeboyejo (Mississippi), Mack Hollins (North Carolina), Robert Davis (Georgia St), Victor Bolden (Oregon St), Jalen Robinette (Air Force), Rodney Adams (South Florida), Jehu Chesson (Michigan), Isaiah McKenzie (Georgia) e Ishmael Zamora (Baylor)

 

Comentários

Bom dia.
Ótimo post.
Foram muitos bons nomes citados e eu já estava ficando triste por não ver o nome do Artavis Scott de Clemson. Este jogador seria uma ótima alternativa para ser integrado ao ST, especialmente nos Broncos (meu time). Ele vai sobrar pra depois do 6º round. Se sou o técnico de ST nos Broncos pediria essa pick de late round caso lá esteja disponível.

Sim, existem v'srios que podem contribuir retornando chutes. Scott é um deles, que vou destacar no post exclusivo dos especialistas.

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