Boletim Médico - Tendão de Aquiles

  Nos últimos dias vimos várias notícias de jogadores com tendinite no Tendão de Aquiles (calcâneo) ou ruptura dele. Vamos analisar alguns fatores que explicam o aumento dessa incidência.

A ruptura do tendão de Aquiles é uma lesão que afeta a parte de trás da perna e ocorre mais comumente em pessoas que praticam esportes de impacto, em homens e na faixa de 30 a 40 anos – combinação total para jogadores de futebol americano. Ela é geralmente seguida por dor extrema e uma incapacidade de utilizar a metade inferior da perna, até mesmo para andar. E, pode ser desde um simples estiramento, passando pela lesão parcial ou total, mas qualquer uma delas é debilitante. O estiramento ou a ruptura geralmente ocorre na região do tendão que é menos vascularizada, localizada a 4 ou 5cm do ponto em que se liga ao osso do calcanhar. Este local pode estar predisposto à ruptura porque fica com menor fluxo de sangue, o que pode prejudicar a capacidade de cicatrizar. As lesões muitas vezes são causadas por um aumento repentino na quantidade de estresse no tendão de Aquiles (aumento da intensidade no esporte como treino ou competição, “pisar em falso” ou torção com ou sem contato físico), algumas doenças (degeneração tendinosa, desequilíbrio muscular) e medicamentos (infiltrações com corticoides, mais de 3x ano e alguns antibióticos como: Ciprofloxacino e Levofloxacino – usados comumente para tratar infecção de urina, pele e respiratórias).

O tratamento vai depender da idade e tempo de recuperação. Isso, porque pacientes mais jovens optam pela cirurgia para reduzir o período de recuperação e voltar antes às suas práticas esportivas. Todavia, tanto o tratamento cirúrgico, como o conservador tem resultados semelhantes. A volta no pós-operatório, para se ter uma ideia, em não atletas, leva 4-6 meses e envolve um intenso reforço muscular principalmente na intenção de se equilibrar os grupos musculares das duas pernas. Por outro lado, em profissionais esse tempo cai para cerca de 3 meses com fisioterapia regular.   escrito por: Pablo Oliveira – Médico e professor de medicina (twitter: @MedicFA) site: Lesões no Futebol Americano  

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