Punts – Zone Blocking

Existem dois conceitos que definem a construção da linha ofensiva, o POWER ou o ZONE BLOCKING.

É no bloqueio ao jogo de corridas, e não na proteção ao asse que eles se diferem.

O POWER é o mais tradicional, onde o bloqueador entra em confronto direto com o defensor à sua frente, enquanto no ZONE eles se movimentam lateralmente para encontrá-lo.

Quase todos os times usam jogadas que utilizam esses 2 conceitos, mas sempre dão mais ênfase a um do que outro.

Foi em Denver que o ZONE BLOCKING se consolidou nas mãos de Mike Shanahan, atualmente HEAD COACH dos Redskins, eAlex Gibbs, guru de várias linhas ofensivas, que depois enveredaram nesse caminho.

Eles encontraram os jogadores certos para executá-lo, que hoje se tornaram modelo de atletas para esse tipo de bloqueio, um pouco  mais leves e ágeis que os pesados do POWER BLOCKING.

Hoje vamos nos concentrar no ZONE BLOCKING:

 

Proteção ao Passe

Como disse antes, nada muda em relação à proteção ao passe, quando um time usa o ZONE BLOCKING em sua linha ofensiva.

Ela continua alternando as variações de proteção de acordo com cada situação de jogo, e estilo ofensivo do time.

Porém a avaliação de matchups tem que ser bem cuidadosa, já que seus atletas normalmente são um pouco mais leves que no esquema POWER BLOCK.

Assim, se o time adversário tiver algum Defensive Tackle de extraordinária força bruta (exemplo Vince Wilfork – Patriots) eles devem ser constantemente bloqueados por 2 jogadores, ou o interior da linha pode ficar vulnerável.

 

Jogo de Corridas

É aqui que a diferença de postura se faz perceber, e de uma forma muito simples.

Ao invés de bloquearem o defensor logo à sua frente, os jogadores da linha ofensiva vão se mover lateralmente (ou à frente) para alcançar um adversário diferente.

Originalmente são dois os tipos de corridas executados nesse estilo: OUTSIDE e INSIDE ZONE.

Elas têm alguns pontos em comum. Um passo lateral dos jogadores da linha ofensiva para a esquerda ou direita, colocando-se em posição de bloquear um adversário que não estava exatamente à sua frente.

Duplo bloqueio num dos defensores, o que pode está em melhor posição de anular o ganho da corrida.

Uso do Tight End no bloqueio ao Defensive End da direção em que a movimentação acontece.

Entrega da bola pelo Quarterback ao Running Back, com este já acelerando lateralmente.

Abaixo está um exemplo da OUTSIDE ZONE:

A corrida vai acontecer por fora da linha ofensiva (direita), com o Running Back seguindo oOffensive Tackle, numa variação da tradicional OFF TACKLE.

Reparem no duplo bloqueio do Guard e Tight End no Defensive End, liberando o OT para cuidar doLinebacker. Boa vantagem na diferença de tamanho para abrir espaço ao corredor.

Para isso ser possível, o DE oposto fica desbloqueado. Como ele estará bem longe do lance, não conseguiria influir no lance.

Se antes de tomar o rumo à direita, o RB vislumbrar um caminho aberto pelo meio, ele tem a liberdade de explorá-lo, é o chamado CUT BACK.

O que nos leva ao outro tipo de corrida por zona, o INSIDE ZONE:

O plano já é atacar o meio do campo, mas insinuando a corrida por fora. Então toda a movimentação lateral é semelhante.

Diferentemente da OUTSIDE ZONE, a dupla marcação ficará com 1 dos Defensive Tackles, liberando 1 Guard e o OT para atacar diretamente os Linebackers internos.

Nesses 2 desenhos optei por uma formação com 3 Wide Receivers, obrigando a defesa a usar sua formação NICKEL.

Quando bem executado, 1 dos Wide Receivers usará uma rota própria para chegar num Safety e bloqueá-lo.

 

Stretch Run

Já mostramos esse tipo de corrida em 2010 na série Playbook.

Edgerin James (RB) e os Colts imortalizaram uma variação da OUTSIDE ZONE, que chamaram de STRETCH RUN, e hoje é tão bem executada pelo rival Arian Foster (RB) e os Texans.

Ela coloca 2  ou mais jogadores em movimentação lateral, como se estendendo a linha de bloqueadores (STRETCH), e testando a disciplina de GAPs e atleticismo das defesas adversárias.

No esquema abaixo é o Center, em homenagem a Jeff Saturday (ex Colts) consagrado nessa função, que se junta ao OT, e arma a nova parede para o Running back explorar.

Uma diferença para o esquema OUTSIDE anterior, é que por ter 2 bloqueadores em movimento, oTight End lida sozinho com o DE.

 

 

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