OFFSEASON 2017 – Questões

 

Chegamos àquele momento depois da temporada, quando os times começam a se repensar para o próximo campeonato.

Novos jogadores serão contratados, alguns vindos de outras equipes após seus contratos terminarem, outros pelo DRAFT 2017.

OFFSEASON, quando todo o tipo de intrigas, empolgações e decepções acontecem.

Vamos a algumas datas importantes deste período:

  • 28 de Fevereiro: começa o DRAFT COMBINE, onde os candidatos ao Draft são avaliados fisicamente, tecnicamente e mentalmente
  • 01 de Março: DEADLINE para as equipes designarem seu jogador com a FRANCHISE TAG
  • 09 de Março: início do período de contratações dos jogadores livres (FREE AGENCY)
  • 27 – 29 de Abril: DRAFT 2017

Coloquei abaixo 7 histórias que vão dominar as notícias nas próximas semanas (ou já dominam), que particularmente me interessam:

 

Administração do CAP

 

Assim como nos últimos anos recentes, o SALARY CAP (teto máximo da folha salarial de cada time) subirá substancialmente.

Nem isto isentará alguns times de precisarem exercer algumas decisões difíceis para se ajustarem embaixo dele até o dia 09 de Março. Veremos vários desses times rompendo relações com veteranos de seus elencos.

Os Dolphins por exemplo já se anteciparam e cortaram alguns jogadores como o Pass Rusher Mario Williams, que não rendeu quase nada em Miami.

Entre os que estão mais atolados no SALARY CAPJets Chiefs.

Será interessante também acompanhar a situação dos Cardinals, que se não estão prensados contra a parede do CAP, possuem vários jogadores importantes entrando na FREE AGENCY, em especial na defesa, como Calais Campbell (DE), Chandler Jones (OLB), Kevin Minter (ILB) e 2 Safeties: Tony Jefferson (S) e DJ Swearinger (S).

Em contrapartida, algumas equipes estão bem posicionadas para investirem em reforços para seus elencos. Por exemplo: Browns49ersJaguarsBuccaneers Titans.

Uma forma de manter os atletas de destaque é o uso da FRANCHISE TAG, que permite um certo controle sobre as negociações via uma renovação automática de 1 ano com o valor médio dos 5 maiores contratos de cada posição.

Alguns jogadores são fortes candidatos a receberem a FRANCHISE TAG:

  • Kirk Cousins (QB – Redskins) – Seria o 2º ano seguido
  • LeVeon Bell (RB – Steelers)
  • Alshon Jeffery (WR – Bears) – Seria o 2º ano seguido
  • Chandler Jones (OLB – Cardinals)
  • Kawann Short (DT – Panthers)
  • Dont’A Hightower (LB – Patriots)
  • Eric Berry (S – Chiefs) – Seria o 2º ano seguido
  • Trumaine Johnson (CB – Rams) – Seria o 2º ano seguido
  • Melvin Ingram (DE – Chargers)
  • Terrelle Pryor (WR – Browns)
  • Kevin Zeitler (G – Bengals)

 

clique aqui para uma projeção do CAP dos 32 times.

 

Participantes do Super Bowl

 

Times que chegam ao SUPER BOWL costumam ver uma supervalorização dos seus jogadores. Algumas peças chaves para o sucesso terão seus contratos expirados, implicando em decisões importantes pela frente.

Nunca vi um campeão de Super Bowl com tanta folga no CAP. New England aparece como o 7º time com mais $$$ abaixo do limite estimado (aproximadamente US$63 Milhões). Um anunciado reajuste no (amigável) salário de Tom Brady (QB) deve reduzir um pouco este montante. Bem como para Julian Edelman (WR).

Imaginem se os Patriots tivessem deixado o título escapar, como seriam as críticas a Bill Belichick (HC) pelas negociações que despacharam Chadler Jones (OLB) e Jamie Collins (ILB) para Arizona Cleveland, com tanta grana à disposição? Pelo número no SALAY CAP não vejo necessidade de cortes e pedidas de redução salarial, mas quem duvida que aconteça? Danny Amendola (WR – US$7.8 Mi contra o cap) já está de sobreaviso.

Mas não são poucos os FREE AGENTs que tiveram papel relevante na campanha vitoriosa. Imagino que renovar com Dont’A Hightower (ILB) seja a prioridade. Já Martellus Bennett (TE) pode se mostrar mais valorizado do que a direção dos Patriots estaria disposta a pagar. A FRANCHISE TAG pode ser uma solução nesses 2 casos.

Outros que devem conversar sobre novo acordo: LeGarrette Blount (RB), James Develin (FB), Allan Branch (DT) e Brandon Bolden (special teams). Em contrapartida, sinto que a relação com Logan Ryan (CB), Sebastian Vollmer (OT) e Jabaal Sheard (DE) possa ter chegado ao fim.

Não podemos nos esquecer do FREE AGENT restrito Malcolm Butler (CB), herói daquele SB contra os Seahawks.

Se Atlanta não tem tanto $$$ sobrando no CAP como o rival do SB LI, a situação está longe de ser desesperadora (aproximadamente US$29 Mi). Eles também devem buscar um novo acerto com seu Quarterback, apesar do contrato de Matt Ryan só expirar em 2018.

Poucos jogadores de impacto se tornam FREE AGENTs agora. Os esforços de renovação devem se concentrar em Patrick Dimarco (FB), Courtney Upshaw (DE) Kemal Ishmael (S).

 

Adrian Peterson Conundrum

 

Um nome de peso pode entrar em breve no mercado. E gerará incríveis conversas sobre valor e futuro.

Minnesota não precisa cortar o contrato de Adrian Peterson (RB) para se acomodar no SALARY CAP. Estão aproximadamente US$21Mi abaixo dele. Porém esta direção tem alta probabilidade de acontecer.

Se fizerem isso, abrirão outros US$18Mi para investimentos em seus próprios FREE AGENTs e buscar auxílio no mercado, como um substituto para o antigo ídolo, linha ofensiva e defesa.

Peterson ficou de fora da maior parte do campeonato 2016. Quando em campo, teve a pior média de jardas por tentativa da carreira. Esquematicamente, talvez não se adéque ao estilo de ataque que os Vikings demonstram querer usar. Ele funciona melhor quando acompanhado de Fullback para lhe abrir caminhos. Esse é um complicador para identificarmos também qual outro time deveria investir em sua contratação. Existe também a terrível barreira da idade para Running backs

Dito isso, existe um componente emocional que pode determinar a permanência do ídolo em Minnesota. O próximo SUPER BOWL será realizado em seus domínios. Quem por lá não sonharia em vê-lo jogar em casa o grande jogo? Ou pior, chegar lá vestindo outra camisa…

 

Mercado para Linha Defensiva

 

Valores contratuais na FREE AGENCY são ditados por oferta e demanda de talentos disponíveis. Veremos o quanto isso vai impactar o mercado.

Num ano em que a percepção do DRAFT é de escassez de talento nessa unidade, o quanto os jogadores sem contrato terão força na negociação?

Hoje há uma grande distinção de valores entre os defensores mais ágeis, capazes de gerar pressão nos Quarterbacks adversários, e os de biotipo mais clássico, quase exclusivos para uso no combate ao jogo de corridas. Vale lembrar que a maioria destes últimos permanece em campo num % reduzido de SNAPs, pela maior utilização do ataque aéreo.

Entre os nomes disponíveis estão jogadores que se encaixam em várias categorias:

PS: não estou considerando jogadores do exterior da linha (PASS RUSHERs) como Chandler Jones (Cardinals)

 

Disruptivos:

  • Kawann Short (Panthers)
  • Calais Campbell (Cardinals)
  • Karl Klug (Titans)
  • Nick Fairley (Saints)
  • Jared Odrick (Jaguars)
  • Datone Jones (Packers)
  • Akeem Spence (Buccaneers)

  

Especializados no combate à corridas:

  • Dontari Poe (Chiefs)
  • Brandon Williams (Ravens)
  • Bennie Logan (Eagles)
  • Sylvester Williams (Broncos)
  • Chris Baker (Redskins)
  • Allan Branch (Patriots)
  • Johnathan Hankins (Giants)
  • Domata Peko (Bengals)
  • Earl Mitchell (Dolphins)

 

veteranos que podem se beneficiar da demanda:

  • Vince Wilfork  (Texans)
  • Frostee Rucker (Cardinals)
  • Jordan Babineaux (Falcons)
  • Glenn Dorsey (49ers)

 

O Sujeito Híbrido

 

Entre os assuntos que toquei (de leve) no episódio do PODCAST 10 JARDAS NO AR com um review da temporada 2016, na parte de tendências, refleti sobre a real utilidade dos defensores híbridos que se tornaram objeto de desejo dos times.

Será que estão aproveitando as habilidades deles corretamente? Será que estão procurando as características certas, que ajudem o time em campo de fato?

Se fosse um designer de elencos, o tipo de defensor que me faria salivar é um atleta capaz de marcar Homem-a-Homem tanto Wide receivers alinhados no slot, geralmente mais baixos e ágeis, como Tight Ends, alinhados fora da Linha de scrimmage.

Isso demandaria um Safety ou Cornerback de estatura acima da média, mas ao mesmo tempo ágil para trocas de direção.

O nome disponível na FREE AGENCY que me salta aos olhos: Micah Hyde (Packers).

 

Quarterback Shopping

Como sempre, o mercado de Quarterbacks é limitado. Jogadores de ponta nesta posição (quase) nunca ficam livres de fato.

Tudo indica que Washington aplicará a FRANCHISE TAG em Kirk Cousins pela 2ª vez, para ganhar tempo até chegarem a um acordo extensivo.

Isto deixaria, no momento, Mike Glennon (Buccaneeers) como o nome livre mais interessante. Nunca se consolidou como titular, mas mostrou talento em algumas ocasiões.

Disse no momento, pois podemos ter uma injeção de nomes facilmente reconhecidos neste mercado. Tony Romo, deve ter seu vínculo com os Cowboys rompido. Tem experiência e talento para liderar algum time estruturado aos PLAYOFFs. Claro que o histórico médico assusta, mas não ter um Quarterback decente hoje em dia é ainda mais horripilante.

O outro personagem é Jay Cutler (Bears), que também deve ser cortado. Será que alguma equipe apostaria suas fichas no Quarterback de braço forte mas complicada personalidade?

Nesta altura, nomes como Bryan Hoyer (último stop em Chicago), Ryan Fitzpatrick (Jets), Matt Barkley (Bears) e Josh McCown (Browns) não são vistos como soluções de longo prazo. Apenas Quarterbacks que podem entrar emergencialmente e segurarem as pontas por um tempo limitado.

Será que os seguintes nomes que ainda podem levar aposta? Nick Foles (Eagles, Rams e Chiefs), EJ Manuel (Bills) Geno Smith (Jets).

Veteranos que não devem gerar demanda:

  • Mark Sanchez (Cowboys)
  • Blaine Gabbert (49ers)

 

O grande peixe que gera burbulho na opção de trocas é Jimmy GaroppoloNew England deve ter mais de uma oferta pelo reserva de Tom Brady. Será que alguma os atrairá a ponto de abrirem mão deste “seguro” contra desfalque do super craque?

As outras opções para troca seriam Tyrod Taylor, caso os Bills decidam tomar outra direção, ou AJ McCarron (Bengals).

Por fim, fico com uma curiosidade enorme sobre como Colin Kaepernick (49ers) ainda é visto na liga. Alguém o enxerga como aquele Quarterback qe prometia entrar para a elite da posição? E, se ainda vêem algum potencial, a questão extra-campo possibilita o investimento? Acho difícil…

O último caminho será pelo Draft 2017. Discutiremos os candidatos vindos da liga universitária mais à frente.

 

Personagens do Draft: DeShaun Watson e Leonard Fournette

 

Começa o drama do DRAFT!

Este ano teremos 2 jogadores de alto renome no campeonato universitário. Possuem evidente talento, mas trazem questões interessantes de serem discutidas.

Presente nas últimas 2 finais do campeonato NCAA, ambas enfrentando a poderosa Universidade de AlabamaDeShaun Watson (QB – Clemson) venceu 1 título e perdeu o outro, sempre colocando uma alta pontuação no placar, contra uma defesa desacostumada a isso.

Por que poucos analistas desconfiam da capacidade de Watson fazer uma total transição para a NFL? Talvez pelo histórico de Quarterbacks móveis de estilo parecido. O elevado número de interceptações na temporada 2016 contribui.

Se tivesse optado por não entrar em campo em 2016 por LSU, Leonard Fournette permaneceria na conversa do TOP 10 deste DRAFT, senão estivesse ainda melhor cotado.

Fisicamente destoava dos demais atletas universitários desde que chegou na NCAA. Um caso raro de jogador pronto para atuar nos níveis mais altos logo na saída da HIGH SCHOOL. O que aconteceu no campeonato? Lesões contribuíram para uma performance abaixo do que todos esperavam.

Será que os times se pegarão no temos de selecionar tão cedo um Running back, posição sempre exposta a maior contato físico? Ou o sucesso imediato de Ezekiel Elliott (Cowboys), escolhido com o 4º PICK geral o ajudará?

 

 

Comentar

Veja também: