O mundial acabou, e aí? Uma leitura sobre o que o mundial representou para o Brasil

O mundial de futebol americano acabou nesse sábado, 18, tendo como campeão a seleção americana. Deu o óbvio, então por isso não existe motivos para ser comentada. O nosso foco é o Brasil Onças, e é sobre ele que eu gostaria de discutir.A seleção brasileira ficou em ultimo lugar e é válido dizer que o motivo é a tabela completamente estranha da IFAF. Existem muitos culpados, aliás. A tabela da IFAF, a desistência da seleção canadense. Todos motivos que nós conhecemos bem. Não vou discutir isso aqui, também. Não nos importa apontar o dedo para os culpados, até porque o resultado do mundial pouco nos importava. Diante dessa situação, irei falar apenas da seleção brasileira, que é quem nos importa, afinal.

Fotos: Salão Oval

Todo o percurso até o mundial foi importante para nós. E quando digo nós, não me refiro apenas aos jogadores e comissão técnica que estavam lá, mas a todos que praticam e apoiam o esporte no Brasil. Desde a disputa da vaga no Panamá, até os training camps do Rio de Janeiro e de Irati. Cada vez havia uma concentração de atletas com o uniforme da seleção, o sentimento de unidade crescia em cada um de nós que sonha e fazer do esporte algo grande no país.A sensação de estar em um mundial da modalidade é uma vitória para todos nós. Toda pessoa que já sacrificou um fim de semana, uma quarta feira de treino noturno ou uma quinta de estudo se sente orgulhosa de ver a seleção no mundial e o mais importante é que todos se sentiram muito bem representados pelos atletas que estavam lá.

Atletas esses que não tiveram vida fácil para estar lá. Cada um teve que pagar as passagens com dinheiro do próprio bolso. Entre rifas, venda de camisas e patrocínios individuais, cada atleta que esteve no mundial tem sua própria história de sacrifícios. E é por isso que nós nos sentimos representados. Pelo simples fato de que eles queria estar lá, lutando pelo esporte que todos amamos.

A França, primeira adversária do Brasil no mundial, tem o rugby como um dos esportes mais populares do país. Claro, não é futebol americano, mas traz conceitos parecidos, então podemos dizer que o país está mais avançado no FA que nós. Se isso não é informação suficiente, saiba que os franceses já disputaram três mundiais antes desse, em 2003 (quarto lugar), em 2007 (sexto lugar) e 2011 (sexto lugar). Mesmo com todas essas qualificações, os brasileiros foram valente, lutaram até o fim da partida e conseguiram um touchdown.

Os Sul Coreanos já haviam disputado o mundial em 2007, ficando em quinto lugar, ou seja, teoricamente tinha mais experiência que o Brasil. Dentro de campo, ficou clara a superioridade brasileira, com placar de 28 a zero.

A Austrália participou do mundial em 1999 (quinto lugar) e em 2011 (oitavo lugar) e venceu nossas Onças pelo placar apertado de 16 a 8. É válido lembrar que a Austrália realmente foi superior dentro de campo e é preciso analisar que provavelmente “tirou o pé”, se poupando para a próxima fase da competição. Mas nós não temos nada com isso, não é mesmo?

No fim das contas, o resultado para nós foi espetacular. Fomos a seleção estreante, vencemos uma das três partidas e ainda mostramos para o resto dos adversários que no próximo mundial vai ser diferente. Por que nós estaremos sim no próximo mundial. Ainda mais preparados e ainda mais experientes. Se tudo der certo, com mais patrocínios. E aí a tabela pode ser do jeito que a IFAF quiser. Nós estaremos preparados. Que venha o próximo mundial!

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