Jogo em Foco: Titans x Jaguars

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  TENNESSEE TITANS 36 x 22 JACKSONVILLE JAGUARS Num jogo duro de se assistir, os Titans garantiram a vitória ainda no 1º tempo.  Vamos a 3 observações sobre cada time:  

TENNESSEE TITANS

 

Gostinho Especial?

Demitido pelos Jaguars após 1 única temporada, Mike Mularkey (HC - Titans) tem que sentir uma emoção diferente ao bater o ex-empregador. Ainda com algumas pitadas extras de satisfação. Primeiro por ver a filosofia que adotou em Tennessee dar resultado. Via formações pesadas, seu time dominou a Linha de Scrimmage impondo a vontade. Outro item a se destacar foi na comparação de performance dos 2 Quarterbacks. Marcus Mariota (Titans) teve provavelmente seu melhor jogo da carreira, completando 81.8% das tentativas de passe, enquanto Blake Bortles (Jaguars) teve outra atuação pífia. Nada importa tanto na atual NFL como o desenvolvimento dos jovens QBs. Ps. Contra tal frágil oponente nem valerá a pena mencionar defesa hoje. Veja os Highlights da Partida: https://youtu.be/DTvhRsSiTbc  

Rolo Compressor

Mencionei acima a filosofia ofensiva de Mularkey, então vamos ilustrar com números. Contra os Jaguars foram 22 SNAPs no jogo aéreo contra 43 vezes em que correram com a bola (ratio de 66.2%). Proporção digna da década de 70, mas que indica qual a dimensão do domínio dos Titans em campo. Na temporada eles são o 2º time com a maior proporção de corridas (48.9% das jogadas). O jogo terrestre resultou em 214 jardas (média de 5.0 por tentativa), liderados pelas 123 de DeMarco Murray (RB), que viu verdadeiros clarões se abrindo no campo, castigando uma defesa que teve pouco tempo para se recuperar fisicamente da rodada anterior. Foi bom também ver Derrick Henry (RB), calouro vencedor do TROFEU HEISMANN 2015 ser mais envolvido no ataque (60 jardas em 16 tentativas). Até aqui ele tinha em média apenas 5.3 chances de correr com a bola, sendo o máximo 10 na Semana 3 contra os Raiders. Veja os Highlights da dupla na Partida: https://youtu.be/TKQj8Jj8DYQ  

Paredão

Contrário a tendência da liga, a unidade que merece mais elogios do time é a linha ofensiva, cuja performance em quase todos os outros times está trágica em 2016. Na proteção a Mariota, eles permitiram na temporada 12 sacks (4.6% das vezes que tentaram passes - 7º da liga no quesito). Curiosamente em nenhum deles a culpa foi atribuída aos Offensive Tackles titulares. Tyler Lewan (OT), apesar de alguns curtos-circuitos mentais, pode ser considerado o melhor Left tackle de 2016, e Jack Concklin (RT) um dos melhores calouros deste ano entre todas as posições. Foram zero sacks sofridos contra Jacksonville e apenas 1 QB HIT. Mas claro, que é no jogo de corridas que eles estão sob os holofotes. No campeonato, a média de jardas por corrida é 4.9 (4º da NFL). A contratação de Ben Jones (C) mostrou-se acertada, raro em FREE AGENCY, Quinton Spain (G) não atuou ontem machucado mas surpreendeu até aqui pelo desenvolvimento, enquanto a outra vaga no interior da linha está sendo ocupada pelo veterano Josh Kline (G), desde que o decepcionante Chance Warmack (G) contundiu-se.    

JACKSONVILLE JAGUARS

 

Contagem Regressiva

Não tem salvação. Ou Gus Bradley (HC) acabará demitido no decorrer do campeonato ou seguirá como um Zumbi até a BLACK MONDAY (segunda-feira pós temporada regular quando a maioria dos HEAD COACHES recebe a informação da degola). Fica claro que os jogadores estão desfocados já sabendo deste destino do comandante. Nada que fará daqui para frente terá impacto. Por lealdade, a direção do time indica que o manterá até o fim do ano, mas sinceramente nem sei o que seria melhor para Bradley. Como alternativa de interino, eles têm Doug Marrone (ex HC Bills) na comissão técnica, que poderia conduzir a equipe até a Semana 17. Ele entrou na temporada sob pressão. Muitos até previam que a queda acontecesse na última OFFSEASON, mas a direção optou pela manutenção no cargo alegando não querer promover mudança na estrutura que atrapalhasse o desenvolvimento de Blake Bortles (QB), o maior investimento da organização. Sua sentença está ligada à não-evolução dos Jaguars em nenhuma das fases do jogo. O ataque segue inconsistente, com Bortles errático e a defesa (que seria sua área de expertise) indisciplinada e vulnerável.  

Alguém viu o Jogo de Corridas? 

Sim, pelo déficit cedo no placar contra os Titans, o jogo de corridas foi abandonado pelos Jaguars. Correram com a bola apenas 11 vezes (48 jardas). O maior problema é que isso não foi um fato isolado. Diferente de Tennessee que prioriza este aspecto ofensivo, Jacksonville é o último da liga no percentual de jogo terrestre (30.4% das jogadas). Para uma equipe que investiu em Running backs, TJ Yeldon escolhido no 2º round do DRAFT 2015 e Chris Ivory contratado na OFFSEASON por um bom contrato, a performance é frustrante. Linha ofensiva também foi foco de DRAFT e FREE AGENCY recentes. Até para aliviar a pressão em Bortles o jogo de corridas seria vital, mas com a baixa média de 3.8 jardas por tentativa, não é consistente o bastante.  

Cadê a Defesa?

Por falar em investimento, o retorno sobre tantos jogadores draftados e contratados para a defesa é irrisório. Bradley nunca conseguiu recriar a mágica da defesa dos Seahawks, onde foi coordenador de sucesso. Faltou talento inicialmente, mas no decorrer de seu período em Jacksonville adicionaram jogadores com o perfil por ele desenhado. Nem assim o PASS RUSH foi incrementado ou a cobertura defensiva solidificada. Do grupo selecionado no DRAFT deste ano, Myles Jack (LB - 2º round), o meu único BLUE CHIP do processo, ainda não teve qualquer participação de destaque. Já Jalen Ramsey (CB - 1º round) alterna bons momentos com outros decepcionantes, por indisciplina, mal posicionamento ou não comprometimento no suporte contra o jogo de corridas. Até aqui aparece mais pelas bulhas com recebedores adversários do que pela própria performance.    

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