NEW ORLEANS SAINTS 31 x 21 ATLANTA FALCONS   Lutando pela sobrevida no campeonato, os Saints fizeram valer o mando de campo e acabaram com a invencibilidade do rival Falcons.   Vamos a 3 observações sobre cada time:  

NEW ORLEANS SAINTS

Braço Curado?

Drew Brees (QB) sofreu uma lesão no ombro que operou anos atrás, após um sack, perdendo tempo e afetando sua performance recente, quando era claro que o braço não estava 100%. Ontem deu uma prova que as dores estão suportáveis com um bom aproveitamento nos passes de média e longa distância:

• Passes Médios (10-19 Jardas) - 7 completos / 8 tentativas
• Passes Longos (20 + Jardas) - 2 completos / 4 tentativas

Ele aproveitou as oportunidades cedidas pela defesa dos Falcons, com boas decisões. Para o ataque dos Saints funcionar dentro do esquema de Sean Payton (HC), isto é fundamental.  

Mr. Jordan

Os Saints têm 1 defensor de alto nível no elenco, um verdadeiro DIFFERENCE MAKER, ele se chama Cameron Jordan. Dentro das dificuldades encontradas pela defesa de New Orleans neste campeonato, ele é o ponto positivo constante. Só que ontem, o brilho foi intenso. Atormentou Chris Chester (RG - Falcons), alinhado por dentro da linha defensiva, ou em STUNTS que o traziam em confronto com o Guard. Quem sofreu foi Matt Ryan (HC - Falcons), pressionado incessantemente por Jordan: 3 sacks / 1 Hit / 7 pressures. Além do fumble forçado e recuperado no mesmo lance. Veja seus Highlights na partida:

Postura Defensiva

  Por falar em fumbles, a defesa dos Saints se notorizou recentemente pela falta de TURNOVERS. Este é um stat que depende de vários fatores (inclusive sorte), mas a postura agressiva influencia bastante. Em 2014 foram apenas 17 (interceptações + fumbles), 28º no ranking da liga. Neste campeonato tinha sido 5 nas 5 primeiras rodadas. Ontem adquiriram 3 fumbles, aliviando a barra do cooordenador defensivo Rob Ryan, já sendo posicionado na marca do penalti.  

ATLANTA FALCONS

Quem Somos?

  Atlanta chegou na Semana 6 ainda invicto. Uma grande surpresa do campeonato. Nem sempre as vitórias foram convincentes, mas o importante é o impacto positivo na moral da equipe. Óbvio que não sustentariam a invencibilidade para sempre. Agora que esta sombra se foi, a comissão técnica precisa recolocar o foco na cabeça do elenco, pois vencer a divisão é plausível. Para isto, erros como DROPs, SNAPs, FUMBLES e situações de especialistas, como o bloqueio de PUNT que gerou TD dos Saints, devem ser minimizadas. Atenção e concentração determinarão a sorte dos Falcons no campeonato.  

Devonta Freeman

  Sem dúvida um dos jovens mais impressionantes desta temporada é Devonta Freeman (RB), que ontem chegou a 10 TDs no ano (9 corridas / 1 recebendo passe). Os esforços dele deixaram o time dos Falcons vivos na partida:

• 100 jardas corridas em 13 tentativas (média 7.7) / 1 TD
• 56 jardas em 8 passes recebidos / 1 TD

Veja seus Highlights na partida:

https://youtu.be/GO6lubAAxiE  

Peças no Molde

  Quando Dan Quinn assumiu o cargo de HEAD COACH em Atlanta, uma pergunta veio à tona: conseguirá repetir o molde de sucesso da defesa dos Seahawks, onde era o coordenador? A pergunta se tornava ainda mais válida pela dificuldade encontrada por Gus Bradley (seu antecessor em Seattle e HC dos Jaguars) em reconstituir o mesmo estilo com os jogadores disponíveis no elenco em Jacksonville. Seattle possui atletas com características bem particulares, difíceis de serem emuladas. Entre as peças chaves, somente William Moore (S) possui alguma semelhança com Kam Chancellor (S - Seahawks) e Desmond Truffant o potencial de se tornar um Cornerback impactante como Richard Sherman (CB - Seahawks). Paul Worrilow é um Linebacker voluntarioso, mas atleticamente muito longe de Bobby Wagner (ILB - Seahawks), enquanto ninguém nos Falcons chega perto do poder de cobertura de Earl Thomas (S - Seahawks). Ontem enxerguei uma tentativa válida de usa Adryan Clayborn (DE), que nunca conseguiu se estabelecer na liga, em funções parecidas com Michael Bennett (DE - Seahawks), alinhando hora por fora, hora internamente. Pelo menos, a defesa está mais compacta e voluntariosa que em anos anteriores, não mais um confronto leve para os adversários.